quarta-feira, 22 de junho de 2011

RECURSOS PARA O BALDE CHEIO

O Projeto Balde Cheio, implantado na Fundação Dom André Arcoverde – FAA, em Valença,  receberá em 2011, recursos no valor de 500 mil reais, obtidos através da emenda ao Orçamento da União nº 19940009, conforme o expresso no documento Espelho de Emenda de Apropriação de Despesa – PLN 0059/2010, de 25 de novembro de 2010, disponível no site do Congresso Nacional.
Na condição de vereador e conselheiro da FAA , solicitei ao deputado federal Leonardo Picciani, que destinasse o recurso para o Balde Cheio, através de uma  emenda orçamentária,  solicitação que contou  com o total apoio do deputado estadual André Corrêa, ciente dos benefícios e da grande importância do projeto para os valencianos.

Sentados da esquerda p/ direita: Prof. Miguel Pellegrini, Presidente José Rogério, deputado Leonardo Picciani e deputado André Corrêa.

Em julho do ano passado, à convite do Presidente Drº José Rogério Moura de Almeida Filho, o deputado federal Leonardo Picciani e o deputado estadual André Corrêa visitaram a Fundação Educacional Dom André Arcoverde - FAA.

Dirigentes, professores, funcionários e grande público receberam os parlamentares numa demonstração de reconhecimento e  agradecimento aos esforços promovidos em prol da Faculdade de Medicina de Valença – FMV. 
  

Aproveitando a ocasião, o deputado Leonardo Picciani, assumiu publicamente, o compromisso de destinar a emenda de 500mil reais/ano.
Mesmo tendo se licenciado do cargo de deputado federal, a fim de assumir a Secretaria de Estado de Habitação – RJ, Leonardo Picciani deu seguimento à tramitação da emenda no Congresso Nacional, através de seu suplente, cumprindo assim, o seu compromisso.






PROJETO BALDE CHEIO MODIFICA O CENÁRIO
O Estado do Rio é um grande mercado consumidor de leite, no entanto, sua produção não consegue suprir nem a quarta parte da demanda do estado.
Além disso, o índice de crescimento da produção leiteira no território fluminense é muito menor do que o obtido a nível nacional, conforme os dados fornecidos pelo IBGE.
Trata-se de um quadro desanimador, haja visto que a atividade é desenvolvida principalmente através da produção familiar.
Nos últimos anos o programa Gerenciamento de Propriedades Leiteiras / Balde Cheio, uma parceria entre Sebrae-RJ, Federação da Agricultura do Estado do Rio de Janeiro – FAERJ, Senar – RJ e Embrapa Pecuária Sudeste vem gradativamente, modificando esse cenário no estado.
Diante dos bons resultados obtidos e da necessidade de expansão do programa em Valença, foi criado em outubro de 2007, o Projeto Fazendeiro / Balde Cheio, destinado a inclusão e posterior treinamento dos alunos do curso de Medicina Veterinária, do Centro de Ensino Superior de Valença - CESVA da Fundação Educacional Dom André Arcoverde – FAA.

José Rogério Moura de Almeida Neto, coordenador do projeto, ressalta: “a missão é oferecer aos estudantes a oportunidade de atuar na propriedade leiteira enfrentando situações reais de trabalho profissional, com treinamento integrado em diversos níveis tecnológicos e operacionais, com simultânea transferência sistemática de tecnologia aos produtores de leite da região.”






Marcelo Graça, orientador técnico do projeto observa que o mesmo “é um importante instrumento de difusão do uso de tecnologias que visem à otimização da administração de fazendas de produção de leite, incluindo prevenção e cura de doenças, melhoramento genético, reprodução, alimentação e manejo animal, aumentando a produção e produtividade, reduzindo custos.” 


A Revista Balde Branco, especializada e altamente conceituada no setor leiteiro brasileiro, publicou uma grande reportagem a respeito da implantação do Balde Cheio em Valença, através do colaborador J. Santos, a qual transcrevo alguns trechos, abaixo.


SÍTIO BOAVISTA

Só mesmo vendo para crer, no verdadeiro espírito de São Tomé, que numa área de 5 mil m2 um produtor consiga uma produtividade de 61.054 litros de leite/ha/ano, cerca de 70 vezes maior do que a média nacional. E não para por aí: quer passar de 90 mil litros/hectare/ano até o final de 2010. E ainda mais: a um custo de produção bastante baixo e com uma qualidade do leite de fazer inveja a muita gente. Este é o caso do produtor Fábio Jorge Machado, que conta com a ajuda de sua mãe, Cecília, e de sua irmã, Cristiane, nas lidas com as vacas no Sítio Boavista, em Valença-RJ. 

José Rogério, dona Cecília, Fabinho e Cristiane

Alguém que, antes de 2007, visse a rotina do produtor Fabinho - como é mais conhecido - na lida com suas sete vacas para produzir 5 litros de leite por dia, custaria a acreditar. Na verdade, nem o próprio botaria fé no que conseguiu pouco tempo depois. Para alimentar as vacas, as deixava soltas pelos caminhos, enquanto cortava o capim da beira da estrada e o transportava numa carroça para complementar a dieta do dia. Hoje, com a propriedade repaginada e com vacas mais produtivas e abundância de alimento de qualidade, a média de produção vaca/dia é de 15,3 litros de leite.
A história dessa transformação começou quando Fabinho decidiu, mesmo com certo receio e insegurança, aderir ao Programa de Gerenciamento de Propriedades Leiteira/Balde. "Confesso que fiquei apreensivo, pois o que tinha era tão pouco, que eu não acreditava que pudesse ir para frente naquelas condições. Só depois de visitar algumas unidades demonstrativas do programa, senti brotar uma força de dentro de mim para encarar o desafio. Se outros conseguiram, por que eu também não conseguiria? Era a chance de realizar o sonho de meu falecido pai, de ter uma boa produção de leite, coisa que ele tentara por tantos anos naquela terra, sem alcançar", relembra ele. A necessidade de superar a situação de quase penúria da família e enfrentar um grande desafio, sem dispor de recursos para investir, despertou nele o espírito empreendedor. Soube, passo a passo, conforme enfatiza sua irmã Cristiane, imprimir o ritmo das mudanças, ajustando o andar de acordo com o que dispunha. Depois do diagnóstico da propriedade, ele precisava fazer análise do solo, demarcação dos módulos e piquetes, correção com calcário e adubação, de modo a montar a infraestrutura para produzir comida para as vacas.
"E isso tinha de ser feito de acordo com nossos recursos, ou seja, nenhum! Então, era preciso encontrar uma forma de fazer capital para investir", recorda ele, acrescentando que decidiu vender as vacas e logo em seguida a madeira e "lixos" que tinha na propriedade. Assim, pôde colocar em prática o planejamento que, junto com o técnico José Rogério Moura de Almeida Neto, estabelecera. Mais tarde, ainda precisando de dinheiro, vislumbrou a possibilidade de obter alguns recursos com a venda de mudas de tifton e de cana-de-açúcar. Durante pouco mais de um ano, se dedicou a montar a infraestrutura, implantando a pastagem de tifton, dividida em dois módulos irrigados. O primeiro, com área de 3.150 m2, dividido em 18 piquetes de 175 m2; módulo 2, com 600 m2, dividido em 20 piquetes de 30 m2. A área do canavial, numa encosta do morro, tem 1.800 m2, com duas variedades (RB 84-5257 e RB 86-7515) de alta produtividade, chegando a 200 t por hectare. 
Com o sistema de produção de alimento implantado, Fabinho começou a formar o rebanho. Em março de 2008, comprou três vacas e ficou com elas por uns 20 dias e as vendeu por um preço maior. "Foi uma oportunidade de negócio, que rendeu algum lucro", diz o produtor, acrescentando que comprou duas vacas de maior aptidão leiteira, de modo a explorar o potencial do sistema, com abundância de alimento de alta qualidade. 

Em outubro de 2008 adquiriu mais três vacas, e em novembro, mais duas, chegando em dezembro à produção de 90 litros de leite por dia, com sete vacas em lactação. No pico da produção, em julho de 2009, com o pastejo na aveia e azevém, atingiu os 130 litros de leite por dia, com as mesmas sete vacas. O produtor tem conseguido colocar 18 UA/ha, graças à alta produtividade da pastagem de tifton. "Sei que posso chegar e vou chegar à média de 20 UA/ha/ano, pois o pasto está cada vez melhor", garante o produtor. 
Essas boas condições de manejo e alimento de qualidade têm tido reflexos na reprodução. Mesmo com rebanho pequeno, Fabinho emprega inseminação artificial utilizando sêmen de touros com maior potencial para a produção de leite. "Comprei o botijão de sêmen com recursos provenientes do leite", cita. Por não dispor de espaço, ele não faz cria nem recria. "A reprodução está 'redonda', pois nenhuma vaca fica seca por mais de 60 dias", informa Almeida Neto. As crias são vendidas logo nos primeiros dias, depois de receber o colostro e os cuidados de cura do umbigo. 
Para Artur Chinelato, coordenador do Projeto Balde Cheio, da Embrapa Pecuária Sudeste, o exemplo de Fabinho é uma prova de que não existe propriedade pequena quando se trata de produzir leite com eficiência. "Qualquer produtor pode participar do jogo. E Fabinho mostra que, com muito trabalho e utilizando a tecnologia adequada, seguindo a orientação técnica, o produtor consegue resultados até inesperados", diz, acrescentando que tal caso sinaliza muito mais do que a renda maior que ele está obtendo. "Mostra o potencial a que se pode chegar quando se faz a coisa certa". Outro ponto observado é que o produtor, à medida que domina a tecnologia, vai decidindo por si próprio segundo suas prioridades.
Menor propriedade participante do Projeto Balde Cheio, entre as mais de 3 mil, de 370 municípios em 14 estados, o Sítio Boavista é uma das unidades demonstrativas mais visitadas, constando em seu livro mais de 300 assinaturas de produtores, técnicos e estudantes de várias partes do Brasil. Vidal Pedroso de Faria, professor da Esalq-Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz-USP, ficou muito entusiasmado com os resultados obtidos pelo produtor Fabinho.
Para ele, "o sucesso da atividade não pode ser avaliado somente pela capacidade de planejamento do técnico, lotação elevada por área, qualidade e produtividade dos pastos bem manejados, produção individual de algumas vacas, entusiasmo do proprietário e de seus familiares ou pela simplicidade do sistema implantado. O significado real de propostas tecnológicas realistas e bem fundamentadas aparece quando os dados econômicos são analisados, revelando um valor considerável para quem possui recursos limitados e almeja continuar no campo trabalhando na gleba que recebeu de seus pais".

























sexta-feira, 10 de junho de 2011

PARQUE ESTADUAL DA SERRA DA CONCÓRDIA

Na tarde de 1º de junho, quarta-feira, participei de uma reunião na sede do Instituto Estadual do Ambiente – INEA, no centro do Rio de Janeiro, cujo  objetivo foi a apresentação detalhada, do plano de ampliação e construção da sede do Parque Estadual da Serra da Concórdia – PESC.
Estiveram presentes o deputado André Corrêa (PPS), líder do governo na Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro - ALERJ,  Patrícia Figueiredo,  Gerente de Unidades de Conservação de Proteção Integral – GEPRO e André Ilha, Diretor de Biodiversidade e Áreas Protegidas, do INEA.

O Parque Estadual da Serra da Concórdia (PESC)  foi criado através do Decreto Estadual 32.577, de 30 de dezembro de 2002, com 804,41 hectares de área.

Localizado em Barão de Juparanã, é chefiado por Maria Lucila Chicarino Varajão Spolidoro. Sua esfera administrativa é estadual, via Secretaria de Estado do Ambiente – SEA. A gestão é realizada através do Instituto Estadual do Ambiente – INEA, da Diretoria de Biodiversidade e Áreas Protegidas – DIPAB e da Gerência de Unidades de Conservação de Proteção Integral – GEPRO. Sua categoria é de Proteção Integral. 



O representante da fauna que se destaca pelo seu porte é o gavião-pega-macaco (Spizaetus tyrannus). Falconiforme que alcança 72 cm da ponta do bico ao fim da cauda, negro com abdômen e calções finamente salpicados de branco, com penacho curto. O Parque Estadual da Serra da Concórdia está inserido no domínio da Mata Atlântica - Floresta Estacional Semidecidual - área esta incluída na Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (www.cnm.org.br, 2005).



CONSTRUÇÃO DA SEDE E AMPLIAÇÃO DO PARQUE


A construção da sede do Parque será realizada na área remanescente da Fazenda Santa Mônica, que inclui o Solar da Fazenda Monte Scylene (Clínica Ricardo Iberê Gilson) e áreas do Instituto de Terras do Estado (ITERJ), que serão anexadas ao Parque Estadual a fim de abrigar a casa de chefia e a administração em geral, ampliando dessa forma, sua área total.
Área de camping, cantina, trilha ecológica e área de visitação permanente serão implantadas, e, possivelmente, até um deck às margens do rio Paraíba do Sul, que contorna a área de ampliação e divide os municípios de Valença e Vassouras.



Vista Panorâmica do Parque - Foto retirada do site do INEA

Segundo o deputado André Corrêa, as intervenções criarão empregos permanentes, constituído pelo pessoal que será responsável pela administração e guarda do parque: “Este projeto organiza de vez o parque, cria empregos e vai oferecer mais qualidade de vida para três municípios, pois o parque também abrange parte de Barra do Piraí”.

De acordo com o INEA, a Petrobrás também integrará o projeto, plantando cerca de 50 mil mudas na região, como parte de política de recuperação ambiental.
O projeto total está orçado em cerca de R$ 2 milhões.

Como vereador e cidadão juparanaense, me sinto muito feliz e orgulhoso. Acredito que o projeto irá fazer de Barão de Juparanã, um Distrito modelo. Passaremos a ter o corredor cultural, o religioso, o industrial e agora o corredor ecológico. No que diz respeito ao cultural estou me referindo às obras de restauração da antiga estação ferroviária. Com relação ao religioso, temos um belo patrimônio que é a Igreja de Nossa Senhora do Patrocínio, recentemente reformada em seu interior. Quanto ás indústrias, refiro-me a Zona Industrial que está sendo implantada em consequência da lei de incentivos articulada pelo deputado André Corrêa, conforme venho informando nas postagens deste blog.